quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

Volta ao Algarve! No Alto do Malhão ganhou o Zé Gonçalo!


A maratona do ponto de vista de um atleta  de baixa competição!
No Alto do Malhão quem ganhou foi o Zé Gonçalo!
O atletismo de baixa competição foi à Volta ao Algarve!
Nos jornais de segunda-feira, 22/02/16 vinha escrito que Alberto Contador tinha sido o primeiro a cortar a meta no Alto do Malhão na derradeira etapa da 42ª volta ao Algarve!
Mentir é uma coisa feia!
O primeiro a cortar a meta no Alto do Malhão foi o Zé Gonçalo!
Em primeiro lugar tenho imensas pessoas que o podem testemunhar e em segundo tenho registo em vídeo do momento!
Pode não haver televisões interessadas em transmitir em directo a Volta ao Algarve, deve ser por ter dos melhores ciclistas do pelotão mundial, e isso tem pouco interesse!
Com o patrocínio do maratonadebaixacompeticao.blogspot.com lá se arranjou orçamento para fazer a cobertura "televisiva" do atletismo!
À falta de Go Pro, serviu o telemóvel das corridas, grande máquina!!!
Achei que seria interessante ter a 1ª Escalada do Alto do Malhão, documentada como deve ser!
E a prova foi transmitida em directo, não me lembro bem qual foi o canal, mas isso agora também não interessa nada!
A preparação para a Maratona de Paris vai intensa, intensa e muito desgastante, nada melhor do que uma "prova" como esta escalada para desanuviar!
Foi uma óptima lufada de ar fresco, ar da Serra Algarvia!
Há imenso tempo que tinha combinado fazer a famosa subida com o Zé e com o meu irmão. O meu irmão não pôde participar, fica para o ano!
Uns dias antes ao passar pelo sítio e relacionando o mesmo com a Volta ao Algarve, achei que fazer coincidir a nossa prova com a etapa da Volta seria o indicado!
Ainda demorei um bom bocado de tempo a pensar sobre o assunto, mais ou menos uns 30 segundos, e decisão tomada! Falei com os restantes colegas que acharam bem, melhor assim!
Foi uma óptima opção, apesar de ainda faltar algum tempo para o fim da etapa da Volta, já havia muito pessoal na rampa!
A incentivar, a oferecer hidratação, cereais líquidos (Sagres), enfim muito mais agradável do que se fosse num dia normal!
Foi muito bom!
A descrição mais pormenorizada da subida fica a cargo do registo
vídeo!
Reflexão técnica/científica:
Sou apologista que para dizer bem de uma coisa, em certas comparações, não temos necessariamente que dizer mal doutras!
Dentro do desporto gosto praticamente de todas as modalidades e muito respeito aos seus praticantes!
Como por exemplo os mais populares, futebol, ciclismo, andebol, basquetebol, etc, etc!
Mas tenho que dizer isto!
A corrida é um caso à parte!
E a corrida amadora então, é um caso ainda mais à parte!
São necessários poucos recursos e muito fácil ao nível logístico !
Um pouco de organização, disponibilidade física, equipamento adequado e sobretudo muita disponibilidade para nos divertir-mos!
Dá para fazer uma festa num sitio qualquer!
Acho que o registo vídeo explica bem o que pretendo transmitir!
Boas corridas!

sábado, 20 de fevereiro de 2016

Happy! Raios te partam Beto!

Reciclagem!
Reflexão de 6/09/2014!

A maratona do ponto de vista de um atleta de baixa competição!
Happy!
 (Raios te partam Beto)
Vamos lá a ver se a gente se entende. Então, eu consigo ser extremamente feliz em Sevilha, e o Sevilha F.C. consegue fazer-me extremamente infeliz em Turim! Mas como é que é possível que deixem o homem defender os penaltis no meio da grande área, (raios te partam Beto) ou então temos cinco árbitros com falta de vista.
A maratona de Sevilha (23 de Fevereiro 2014) foi preparada com todos os pormenores, falhei poucos treinos do plano e o facto de não haver festas de Verão no Inverno ajudou bastante.
Raramente tenho o hábito de adoecer, em primeiro lugar porque acho aborrecido estar doente e depois a pessoa não se sente bem. Tem febre, dores no corpo, náuseas, vómitos, diarreia, cefaleias, muco, mais muco a pingar, etc. Se alguém gosta de estar doente, eu cá não sou desses. Então não é que na semana que antecedeu a maratona de Sevilha adoeci. Eram febres a roçar os três dígitos, pronto, lá vão pensar que são coisas com um certo e determinado rigor científico. Febres altas, muito altas mesmo. Quase a chegar aos 100º (raios te partam Beto).

No último Domingo antes da prova saio para fazer um treino de 16 Kms (o meu preferido), e em vez de voltar no km 8, volto ao km 7,5, porque entre o frio, o bater dos dentes e a febre não arrisquei mais aqueles 500 metros. Muito difícil regressar a casa. Durante o resto da semana zero metros de corrida. Era a maratona a querer nascer torta.
Dezenas de litros de mel, alguns Nimed, mais uns litros de mel. Pois eu não faço só planos de corrida, também faço prescrição médica alternativa á base de mel. Tenho que deixar uma palavra de agradecimento às abelhas, tantas vezes descriminadas, porque são verdadeiras operárias que nem sempre são tratadas como merecem!

Produzem um néctar simplesmente fabuloso (raios te partam Beto)!
No Sábado, véspera da corrida já em terras de nuestros hermanos  o derradeiro treino/teste de 6 kms que faço sempre no dia antes das provas. Num parque perto do hotel com várias  zonas verdes e excelentes “pistas” para a prática do atletismo. Lembro-me de durante o treino comparar o ar que me passava pela garganta a facas afiadas, tirando isso tudo bem.
Nessa altura o pessoal que me acompanhou, a Sandra, o Eduardo, a Bárbara, o meu irmão Eduardo, a Lena, o Rodrigo, a Susana e o Ricardo (este luxo de apoiantes) estavam a comprovar o sabor da cerveja espanhola. Os miúdos só beberam uma caneca, tinham que levar os carros. De um deles saltou a pergunta: "Então e o treino?", "O treino foi 5 estrelas" respondi, consigo fingir tão bem (raios te partam Beto)!
Foi difícil encontrar restaurante para o jantar, eles têm a mania de se alimentarem com as tapas. Uma refeição com base nos hidratos de carbono só em Itália. Bife de vaca com batatas fritas e Red Wine! Vimos milhares de pessoas nas ruas à noite, só porque sim, não gostam de estar em casa!
Novamente febre durante a noite. Seis horas da manhã começa a preparação da prova. A alimentação, a hidratação e restantes equipamentos. Adivinhem quem é que não teve direito ao pequeno-almoço no hotel? Epá, o meu irmão é que não foi! Antes do pequeno-almoço deles o meu irmão e o Ricardo levaram-me até perto do início da prova. E pronto ia começar a aventura.
No período do aquecimento já no sítio da partida em vez de me focar na semana que andei adoentado, só conseguia pensar: "Eu cumpri o plano na íntegra e a preparação tem que estar no corpo. O treino vai compensar. Tem que dar certo".
A prova começou com temperaturas muito baixas, 4º/5º e acabou com esplendorosos 20º, deixei o corta-vento na partida e combinei comigo deixar o gorro e as luvas no decorrer do percurso assim que começassem a incomodar, mas não fui capaz, tinham feito comigo centenas de kms de treino!
Prendi no elástico dos calções e cortaram a meta comigo, isto só para se ver o que se consegue dar importância durante uma maratona.
Quis começar torto mas saiu mais direito do poderia imaginar. O plano de treinos apontava para 3h10m. Mas foram 3h04m58seg!

Não vou pormenorizar a prova porque seria muita letra, mas deixo só algumas curiosidades.
Um reparo negativo para a organização, porque a partir de meio da prova começaram a fazer os abastecimentos com copos. Em esforço já não é fácil beber com as garrafas quanto mais com copos. O meu ombro esquerdo bebeu tanto como a minha garganta!
Um aspecto muito positivo são as pessoas que vão para a rua apoiar a nossa passagem. Como os dorsais são personalizados, eu ouvi centenas de vezes. “ Venga Luis”, “ Venga Campeon”.
 E já agora uma parte mais técnica. A diferença entre as duas partes da prova (duas meias-maratonas), foi de 18 segundos. A segunda foi 18 segundos mais rápida, significa uma excelente divisão de esforço ao longo da prova. Vou deixar o resumo do Garmin, pra quem quiser ver pormenores "Correu bem, muito bem" (raios te partam Beto).
 Tive o privilégio de ter os tais acompanhantes no interior do estádio perto da chegada, mesmo á campeão!
Em relação aos treinos vai de vento em popa. O teste da meia-maratona deu 1:26:49m. falta um teste de 30kms e outro de 10Kms.
Dica do atleta:
Em Sevilha têm um provérbio que é. “ Em Sevilha, sê sevilhano”. Mas as meninas se forem correr a Sevilha não corram com aquelas saias. Aquilo sempre deve dar algum calor e não deve ajudar nada na corrida.
Reflexão técnica/científica:
Parafraseando Alexandre Afonso (Antena1). “O futebol é a coisa mais importante das coisas menos importantes”. Totalmente de acordo.
É altura de dar os parabéns ao Beto e ao Sevilha FC pela vitória na liga Europa.
Então e eu trocava a minha Maratona de Sevilha pela vitória do Benfica na Liga Europa?
A fazer contas ao tempo que comecei com a brincadeira da corrida (três anos na altura de Sevilha), só eu sei o que senti ao cortar a meta com aquele tempo!
É claro que não trocava, para o Benfica era a Liga Europa. Para mim foi como ganhar a Champions! Antes de correr não me imaginava a escrever isto, essa é que é essa!

Ora vamos lá ao "Plus"!
Corrida, a mudar mentalidades desde 2011!
Tempos houve que o futebol era a coisa mais importante das coisas menos importantes!
Mas as corridas fizeram o seu caminho!
Gosto imenso de futebol, do Benfica, mas a corrida trouxe um novo paradigma!
Vibro bastante com as vitórias do Benfica, mas comparado com o cortar a meta de uma maratona com os objectivos cumpridos!
Nem consigo começar a escrever para comparar!
Boas corridas!

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2016

O meu filho desconhecido, Ossinhos! Então e o treino compensa?


Reciclagem!
Reflexão de 30/08/2014

A maratona do ponto de vista de um atleta  de baixa competição!
O meu filho desconhecido, Ossinhos!
Então e o treino compensa?
Como disse anteriormente tenho tudo o que é aplicações de corrida e mais algumas. Só que tenho algumas instaladas no telemóvel que nunca utilizo!
Como é o caso da Runtastic, deles recebi uma notificação. “Ponha-se em movimento, uns metros podem fazer toda a diferença!”
Acredito que foi uma aplicação a fazer uma piada, sim as aplicações tem bastante sentido de humor. Foi do género esteve a observar o que corro e quis dizer. “ Quando é que começas a correr a sério, isso que tu fazes é pra meninos”. Ou então foi porque eu nunca a tinha utilizado, fica ao vosso critério.
Como é semana de treino mais longo decidi activar a Runtastic e na primeira corrida ao seu serviço oferecer-lhe 33 Kms!
Se não fosse uma avaliação feita por algoritmos de processamento de dados, seria ouro sobre azul para um hipotético conselho de motivação. Diriam que se com uma simples notificação ele faz isto é um caso de estudo.
É claro que o treino compensa. Não critico a forma que cada um tem de abordar a preparação para uma determinada distância. Isto da corrida é para ser levado na brincadeira, porque nestes níveis não existem Carlos Lopes nem Rosa Mota ( é claro que eu nunca iria conseguir escrever Rosas Motas, não se deve brincar com os deuses). Agora milagres só muito de vez em quando. Tenho o hábito de dizer que corro a brincar, mas treino a sério!
 Eu já li todos os planos de treino das revistas, da internet e até de uma gravura ou outra nas cavernas!
A partir da Maratona de Sevilha decidi beber um pouco em todos os planos e fazer os meus, o que acho que resulta melhor comigo. O que pode não servir de nada para outro atleta de baixa competição. Elaborei um plano de 14 semanas, que tem pelo menos quinze dias sem se repetir um treino igual. Já falei da importância da variação dos percursos, tenho a mesma opinião em relação aos treinos. A quebra da monotonia.
Faço seis tipos de treino: Treino de recuperação, treino de ritmo, séries, fartlek, simulação de competição e longos. Os melhores são todos. Em todos os treinos deve-se fazer um período de aquecimento no início e um período de recuperação no fim. Não há duas pessoas iguais, eu faço mais ou menos 10 minutos lentos antes e 10 minutos lentos depois. São períodos especialmente importantes em treinos técnicos de esforço elevado.
Decidi falar dos treinos, para que não se caia no engano que é só (parvidades) coisas com um certo e determinado rigor científico nisto da corrida.
Os treinos de recuperação, por exemplo muito importantes, mas os mais aborrecidos. Correr durante um bom período de tempo devagar é regenerador mas muito monótono.
Os treinos de ritmo são os mais fáceis. Corre-se a um ritmo superior ao ritmo pretendido na prova, só que numa distância inferior à mesma. Passam num instante.
 As séries para mim são o sinónimo de sofrimento. Dou um exemplo: Corre-se um 1 Km em esforço e 500m a trote, repetindo-se um determinado número de vezes. Depois é utilizar a mesma fórmula com maior ou menor distância. Comigo vai ao máximo de 2 Kms, até ao mínimo de 200m. Até aqui tudo bem, o pior é a entrega que se lhes dá. Corro a brincar mas treino a sério.
O Fartlek é um misto de ritmos. Faz-se variação de ritmos ao longo do treino, "X" Kms num ritmo, "Y" Kms noutro ritmo, etc. Eu por norma faço com tempo. "X" tempo num ritmo, "Y" noutro e "W" noutro.
A simulação de competição está-se mesmo a ver. Simular que estamos a competir, simular os abastecimentos líquidos, simular os abastecimentos sólidos e o equipamento que vamos usar de acordo com as condições climatéricas que vamos encontrar. Não tenham medo de pormenores, vão todos fazer falta!
Os longos? Pois os longos tem a ver com a foto da publicação. Eu gosto de fazer treinos longos com algum ritmo. Por norma são para ser feitos muito lentos, a tal monotonia, mas não consigo. Isso faz com que a cada treino longo fique com a sensação que os ossos se descolaram da carne. O esqueleto sai do corpo e vem cá fora apanhar ar.
Dica do atleta:
Para quando sentirem o esqueleto cá fora eu tenho uma técnica infalível.
Encham uma banheira de água morna e deitem cinco bisnagas (todas estas semanas de escrita para usar a palavra bisnaga, sinto-me realizado) de Super Cola 3. Mexam bem e ponham o esqueleto durante dez minutos a marinar. Passados os dez minutos podem voltar a juntar-lhe a carne. No início não façam movimentos bruscos, não vá uma tíbia ou um perónio rasgar-lhes as calças!
Podem usar Super Cola do chinês, comigo dá o mesmo resultado!
Reflexão técnica/científica:
O miúdo da foto é o meu terceiro filho de seu nome Ossinhos. Tem oito anos vai para o terceiro ano de escolaridade. Nunca o apresentei porque ele é um pouco tímido. Na escola sente-se pouco á vontade, os miúdos dizem que ele é muito magrinho. Mas é um miúdo excepcional e um bom aluno, preferencialmente a estudo do meio. Na matéria sobre anatomia é nota 5, conhece os ossos do corpo humano como ninguém!

Ora vamos lá ao "Plus" !
Nem fazia ideia que tinha feito reflexões tão técnicas!
Sim senhor, a explicar tipos de treino e coiso e tal!
No fundo falava de atletismo, só visto!
O meu filhote Ossinhos continua em grande forma!
Acho que está um pouco magro, mas o médico tá sempre a dizer, "o seu filho é daquele tipo de miúdos que comam o que comer, a carne não lhe chega aos ossos"!
Boas corridas! 

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016

Sozinho ou acompanhado?


Reciclagem!
Reflexão 23/08/2014
A maratona do ponto de vista de um atleta  de baixa competição!
Sozinhos ou acompanhados?
Percebo que pela foto da publicação, pensaram que finalmente o nível destas reflexões vai subir. Não tenham grandes esperanças!
Imaginem que estão a cair de um sítio muito alto e conseguem ver o chão a vir na vossa direcção a uma enorme velocidade. É a essa velocidade que as (parvidades) coisas com um certo e determinado rigor científico vêm ter comigo.
Num treino na Nacional 2 sou confrontado com a presença de dois (inesperados) colegas de treino, direcção norte/sul. Fiquei com a ideia que eles não treinavam um sem o outro, preferem treinar acompanhados. Pelo que consegui perceber iam para o Algarve. Diziam um para o outro que com tanto animal que agora lá está , deviam de passar despercebidos!
Sou natural de Faro e o Algarve é o sítio onde passo a maior parte do tempo. Conheço como a  palma da minha mão todos os concelhos, sem excepção. É uma região com a qual eu me identifico bastante.
Agora o mês de Agosto? O mês de Agosto não! É difícil perceber como é que se consegue juntar tanta estupidez no mesmo sítio. Devia de haver um medidor de estupidez (estupidómetro) que cobrasse impostos sobre a mesma. Todos os anos penso que é impossível piorar, mas não é. Não tem explicação.
Sou da opinião que se deve correr acompanhado. Mas também sou da opinião que se deve correr sozinho. Sou da opinião que a regra deve ser não haver regra!
Numa prova de longa duração vamos ser confrontados com os vários cenários, logo convém preparar isso nos treinos. Após meses de preparação não podemos ficar a depender da disposição de um colega para terminar uma prova. Já temos que lidar com a nossa o que não é pouco!
Só gosto de treinar acompanhado em treinos de recuperação ou predefinidos como lentos, porque quando é para penar gosto de ir sozinho, não gosto de ver pessoas a sofrer.
Mas se há coisa que não prescindo é a companhia da Rádio Comercial. Sou capaz de correr á noite, sem sapatilhas, sem calções, sem t-shirt, etc. Agora que penso nisso tenho que deixar de ir correr todo nu para a praia á noite, só com o telemóvel e os auriculares. Já tenho idade para ter algum juízo!
Sem a Rádio Comercial não corro, é onde traço o meu limite!
Dica do atleta:
Numa prova de longa duração não precisam de se preocupar com colegas de corrida, porque eles aparecem do nada e fazem-nos companhia por muitos Kms. Quando se está a sofrer somos muito condescendentes, até arranjamos simpatia por um sinal de trânsito que teima em não vir na nossa direcção, ficando impávido e sereno à nossa espera!
Então a semana passada era o meio do plano de treinos e não fiz reflexão nenhuma sobre isso. Afinal que rigor técnico/científico é que isto tem. Tem muito, era só para ver se alguém reparava. Ou então fui eu que não reparei!
Os objectivos da primeira metade do plano foram cumpridos.
 Agora uma parte mais técnica:
428 Kms no total das primeiras 7 semanas. Teste de 30 Km (2:20:00) com facilidade. Teste meia-maratona abaixo da 1:30 (1:29), com muito à vontade. Teste dos 10 Kms abaixo dos 40m (39m) com relativa facilidade.
Um pouco menos kms do que previsto, mas não tenho culpa que façam as festas de Verão todas no Verão. Podiam fazer uma ou outra no Inverno porque tenho mais tempo livre.
Reflexão técnica/científica:
Em relação aos meus (inesperados) colegas de treino não os consegui acompanhar, corriam que nem porcos!

Ora vamos lá ao "Plus"!
Se há reflexão que não me lembrava era desta!
Foi um treino bem passado (e bem acompanhado)!
Fica mais uma sugestão!
Num treino de grupo quem deve estabelecer o ritmo, é o atleta mais lento! É a única forma de concluir o treino com todos os elementos!
Foi mesmo sério, corriam que nem porcos!!!
Boas corridas!

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2016

A idade da pedra!

Reciclagem!
Reflexão de 16/8/2014

A maratona do ponto de vista de um atleta de baixa competição!
A idade da pedra!
Temos que partir do princípio que o andar/caminhar foi a 1ª actividade física que há memória, acho que aí não há volta a dar!
O problema reside em classificar a 2ª. Correr pode parecer à primeira vista como a mais óbvia, mas com um certo e determinado rigor científico tenho algumas dúvidas!
Aquela actividade de bater com troncos na cabeça uns dos outros, pode muito bem ser oficialmente classificada como a 2ª actividade física mais antiga. Quem é que não ouviu já falar de ”exercitar a mente”? No início começou por ser “exercitar na mente”, literalmente!
Este exercício era também praticado pelos pais, quando os filhos não paravam de grunhir e não deixavam ouvir o telejornal das cavernas. Quem é que não gosta de ouvir as noticias descansado!
Está classificado, correr foi oficialmente a 3ª actividade física, já tenho dito que isto aqui é para ser rigoroso e não é cá para brincadeiras!
Como é que é possível que para fazer uma das actividades mais primitivas seja preciso utilizar o que há de mais desenvolvido, ao nível da tecnologia?

Eu que levo isto a brincar estou registado no site da Adidas, da Asics, e da Garmin!
Só não estou registado no site das cavernas, porque entretanto este como muitas empresas entrou em insolvência, estão a reestruturar a dívida (Política?! Não! Política não). Tenho dois relógios com GPS, não vá um avariar e depois isso seria uma carga de trabalhos. Corro com o telemóvel por causa das aplicações e a servir de rádio FM/MP3. Quando corro meia dúzia de quilómetros estou a ser monitorizado por meio mundo. De acordo com a minha classificação estamos a falar da 3ª actividade física mais antiga. Deslocarmo-nos através dos membros inferiores com menor ou maior rapidez. Como é possível?
Não só é possível como faz todo o sentido! Com a excepção dos relógios todas as aplicações ou registo em sites relacionados com a corrida, saem a baixo custo. Só para dar alguns exemplos Adidas micoach, My Asics, Nike+, Runtastic, Sports tracker, etc, etc. Tudo grátis. O uso destes instrumentos permite-nos ser um bocadinho profissionais. Conseguir analisar posteriormente os nossos percursos, o ritmo, os batimentos cardíacos, etc, etc. Deixamos por um momento de ser atletas de baixa competição, é motivação pura!
É claro que todos esses sites e essas aplicações não têm o mesmo rigor científico que este espaço de reflexões semanais, porque aqui não são permitidas brincadeiras, mas a intenção é a mesma:
-SAIA DO SOFÁ SE FAZ FAVOR!
 Dica do atleta:
Não façam caso das pessoas que por não gostarem de nada, fazem as considerações mais negativas acerca de tudo. Logo é normal ouvir dizer que correr é que está na moda. Agora que os outros correm também corres, blá,blá,blá!!
Podem sempre usar o argumento. Correr é a 3ª actividade física mais antiga que há registo, agora essa tua estupidez é actual.
Para correr são necessárias umas sapatilhas apropriadas, exames médicos e pouco mais. É preciso um pouco de força de vontade de início. E felizmente a força de vontade ainda não tem preço.
Estão a decorrer os europeus de atletismo em Zurique. Não faço a mínima ideia porque é que não fui convocado. Tou arrasado. Arrasadíssimo!
 Esta semana fiz 5 treinos, 70 Km no total.
Já consigo passar melhor no treino das séries (terça-feira) e hoje fiz o longo de 30 Kms, fiquei com vontade de continuar a correr. Mas chegar aos 30 é bom, chegar aos 30 é muito bom! Tenho duas palavras. Assimilação de treino. Tá a resultar!
 Reflexão técnica/científica:
Quando correrem com o telemóvel não façam como eu faço. Não atendam as chamadas.
Respiração muito ofegante, falar abalroado e sem nexo. Pode fazer parecer que estão na prática de uma outra actividade física. Actividade essa, que eu fiz questão de não classificar no início desta reflexão. Mas é uma actividade já muito antiga!

Ora vamos lá ao "Plus"!
Os conselhos deste post continuam muito actuais!
Arranjar motivação para umas corridas, arranjar forma de combater o sedentarismo!
Quando à classificação das actividades, pois o que dizer?!
Fica ao critério de cada um!
Boas corridas!

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2016

A minha professora Maria Esteves! Sim porque isto não é só corrida!

Reciclagem!

Reflexao de 9/08/2014!

A maratona do ponto de vista de um atleta de baixa competição!
A minha professora Maria Esteves!
Então isto não é um sítio de reflexões semanais sobre a maratona com um certo e determinado rigor científico?
Por acaso até é. Mas hoje não vai ser!
Tenho pouco hábito de escrever, a não ser nestas brincadeiras acerca da maratona. Agora escrever para uma professora de português, e ainda por cima quem é, nunca esteve nos meus planos, nem em sonhos!!!
Vou tentar concentrar-me no conteúdo e não na forma. Vou partilhar aqui duas situações, das muitas que tivemos em comum, sem rede.
A primeira tinha eu os meus 13/14 anos, como qualquer adolescente tinha atitudes irreflectidas. Uma
das brincadeiras de mau gosto que praticávamos era passar piripiri nos lábios dos miúdos, para que eles se ficassem a contorcer com a dor, e nós nos ficássemos a divertir. Numa dessas brincadeiras com a minha autoria, um miúdo ao chorar acabou por passar as mãos nos lábios, depois nos olhos e foi obrigado a ir ao hospital.
Quando fiquei a saber, só conseguia imaginar na minha cabeça que tinha um enorme problema com dois nomes, um deles era “Maria” e o outro era “Esteves”.
No decorrer de uma aula, penso que era de francês, no primeiro andar do bloco, uma auxiliar bate á porta e pergunta:
- Está aí o Luís?
- Está sim.- respondeu o professor.
- A professora Esteves pediu para ele ir imediatamente ao conselho directivo, é que ela está lá e precisa de falar com ele.
Foram os metros mais difíceis da minha vida (qual maratona, nem maratona). Estava lá o miúdo, pedi-lhe desculpa e ele saiu. Levei o maior sermão da minha vida, nem me consigo lembrar de tudo, porque o coração tava tão preocupado em levar sangue aos órgãos vitais de forma a que eu não desfalecesse ali mesmo. Isso afectou-me a memória.
Professora, ainda não consegui desatar o nó que me apareceu no estômago.
Tenho de dizer que, mais tarde, tornei-me amigo do miúdo até ao fim do tempo escolar.
Na segunda situação, estava a minha professora Maria Esteves a escrever uma matéria no quadro, e aqui o espertinho disse:
- Professora, acho que a palavra “surpresa” não se escreve assim!
A minha professora Maria Esteves, sem se voltar disse:
- 50 vezes no caderno amanhã!
- Mas prof…!
-100 Vezes no caderno amanhã!
- Prof…!
-200 Vezes no caderno, LUIS !!!
Quem é que acham que tinha razão? Pois não era eu, não senhor!
Nessa noite preparei várias páginas como ilustra a foto da publicação, e dormi descansado sobre o assunto.
No outro dia quando mostrei a alguns colegas, eles disseram-me:
Não estás bom da cabeça. É a professora Esteves. Tens a certeza disso. Não te chegas a sentar, olha que é a professora Esteves. É a professora Esteves...
A minha professora Maria Esteves pegou nas folhas, e disse-me:
- Pela ousadia e criatividade deixo que fiques na sala, vai-te sentar antes que eu mude de ideias!
Sentei-me com o ego inflacionado, nesse dia desafiei os limites, mas consegui tocar no céu. Quem foi aluno da minha professora de português sabe que o que se tinha acabado de passar, estava ao alcance de muito poucos. Muito poucos mesmo.
Felizmente consigo lembrar-me de quase todos os professores, e foram muitos. Sem falar em nomes, porque iria ser injusto, tenho que sublinhar a minha professora primária que foi muito importante para mim, muito mesmo. Todos os outros foram importantes, porque só tenho boas recordações. Como é óbvio uns mais do que outros.
Mas hoje é para falar da minha professora Maria Esteves.
Com ela aprendi como é que se ganha o respeito e a amizade dos outros. A ser mais justo. Deixou-me bem vincado que a nossa liberdade acaba no mesmo sítio onde começa a dos outros. Embora eu ainda hoje continue com inúmeros defeitos, foram aprendizagens que me ajudaram bastante a desenvolver algumas competências. Não foi só na transmissão de valores que ela foi grande, fez com que, mesmo sem ela saber, tivesse sempre uma sensação de confiança, de protecção. Foi sempre um porto muito seguro. É sempre muito bom ter alguém em quem confiar, nem que seja uma só pessoa.
Eu consegui escrever isto sem me emocionar? Não consegui. E não tenho nenhum problema em assumi-lo. Até serve para provar a certas e determinadas pessoas que os homens também "sentem sentimentos". Embora eu tenha que concordar que as mulheres vêm melhor equipadas nesse sentido.
Sei que na maneira de ver da minha professora de português, as coisas foram diferentes, porque existiam mais “Luíses” com arestas para limar, mas foi assim que eu vivi esse período. Vai servir para que eu finalmente desate o nó do estômago daquele dia no conselho directivo.
Vai servir também para que os meus filhos saibam que houve alguém, muitos anos antes de eles terem nascido, que influenciou muito a educação deles.
Nunca pensei que tivesse a oportunidade de fazer este agradecimento público, mas desde Domingo, dia que troquei mensagens consigo através do Facebook não consegui pensar noutra coisa. Tenho por si um enorme respeito e muito carinho. Muito e muito obrigado por tudo!!!
Apesar de não se falar em maratona, não deixa de ser o ponto de vista de um atleta de baixa competição!
Em primeiro lugar peço desculpa pelas gralhas e em segundo peço desculpa pela ousadia, mas eu não consegui não fazer isto.

Ora vamos lá ao "Plus"!
Para lá desta reflexão mexer com o atleta de baixa competição como se não houvesse amanhã, fiquei muito contente por ter feito este agradecimento público a quem tanto o mereceu. Foi mesmo o desenrolar de um nó no estômago, no melhor dos sentidos.
Mais uma vez muito obrigado, professora Maria Esteves!
Boas corridas!