A maratona do ponto de vista de um atleta de baixa competição!
2ª São Silvestre A-do-Neves.
Na primeira edição deste evento, lembro-me, uma hora depois da maior parte do pessoal se ter ido embora, ter este pensamento.
“Se organizar a 2ª edição, fazemos isto, fazemos aquilo, fazemos assim, fazemos assado…” (e não é que fizemos assados mesmo!!!)
O esqueleto da prova ficou definido nessa noite. Como é óbvio, sofreu muitas alterações. Surgiram opiniões, sugestões, de muita gente. Foi tudo acolhido. Umas ideias complementaram outras. E isso é que tem de ser sublinhado. Esta é uma prova de muita gente, eu apenas liguei as pontas. Com o meu irmão a ser o braço direito da coisa.
Tenho que fazer um parêntesis.
Numa altura em que organizavam-mos festas de Verão, fizemos no Centro Cultural A-do-Neves um torneio de sueca. Pus alguma originalidade nos prémios, originalidade e sigilo. Não podíamos ser copiados, tinha que haver o efeito surpresa.
Conseguimos pôr a jogar 200 equipas, ou seja, 400 pessoas, mais acompanhantes. No Centro Cultural A-do-Neves e arredores (na zona de partida da São Silvestre A-do-Neves), andavam mais ou menos 500 (!!!) pessoas. Acho que foi o dia, em toda a minha vida, que me chamaram mais nomes, nada abonatórios. A mim e a todos os que estavam na organização. Lembro-me que passei na zona do bar no fim da tarde. Parecia que tinha passado um tsunami. Sobraram as pessoas do staff. Pelo menos ninguém foi dado como desaparecido até hoje…
Fiz este parêntesis, para explicar que em nenhuma altura estive preocupado com a quantidade de pessoas que se podiam inscrever. Até tive que brincar com a situação, e pôr as inscrições limitadas a 10500 pessoas. Sim, chegara-me aos ouvidos algumas preocupações (algumas insólitas). Tudo normal para quem não conhece as pessoas envolvidas.
Eu não tenho nada contra quem joga sueca, mas os runners são malta mais paciente.
Eu não tenho nada contra quem joga sueca, mas os runners são malta mais paciente.
Também fui questionado sobre o pessoal que viria do norte, os meus colegas de clube e respetivas famílias. Um autocarro de pessoas é muita gente. Esses eram os que me davam menos preocupação. Vamos lá a perceber. Então eu faço parte do clube por alguma razão… Deve ser porque sou bem tratado (não vou aqui agora falar de uma ameaçazita ou outra). Então… Eles são familiares… Não vem na árvore genealógica. É aquela família que vamos encontrando ao longo da vida. E depois ainda são simpáticos, as pessoas ficaram a gostar deles. Não sei quanto pagaram por isso!!!
Outra coisa a sublinhar, foi a adesão espontânea dos populares. Em primeiro lugar destacar a parte dos doces. Sim, nós sugerimos, se houvesse uma pessoa ou outra, que quisesse fazer um bolo. Para nós tudo bem. Não estava era à espera de tanto. No aspeto logístico tinha tudo pensado, mas precisávamos de mão de obra. No dia da corrida havia pessoas para tudo e mais alguma coisa. Foi espetacular. Foi mesmo aquele espírito de Festas de Verão, foi muito bom!!!
Não vou individualizar agradecimentos, iria ser injusto de certeza absoluta. Vou agradecer de forma mais “geral”.
Em primeiro lugar, os apoios mais formais.
À Câmara Municipal de Almodôvar, por tornar possível este evento. Quer na parte logística, apoios, organização. O facto de a prova ser não competitiva, não quer dizer que não houvesse muito profissionalismo. Muito mesmo. Ajudaram a dar corpo ao que idealizei.
Depois à Junta de freguesia do Rosário. Apoiaram incondicionalmente todas as solicitações. A parte das bebidas, dos prémios, foi tudo suportado pela junta de freguesia.
Ainda formalmente, à União de de freguesias de Santa Clara-Gomes Aires. Que gentilmente nos emprestou o pórtico.
Depois os apoios menos formais. Menos formais, mas mais saborosos.
Do ano passado, transitavam os apoios da empresa Luis e Mateus, e da Queijaria Monte do Pereiro. Enchidos, e queijos respetivamente. Dizer que da parte de Luis e Mateus, este ano ainda juntaram aos enchidos, carne para grelhar na brasa. Foi uma oferta muito bem recebida pelos participantes… Ainda do ano passado, a Quinta do Lobo (Eduardo Lobo), a fornecer o vinho tinto.
Este ano, José Luis Brito Madeira, foi a primeira novidade, ao oferecer um leitão assado. Seguiu-se a pastelaria Sarita com os magníficos bolos Rei. As padarias de Mário José Mestre, e Antónia Duarte, ao oferecerem o pão para acompanhar as “proteínas”. Também no vinho apareceu mais uma oferta. Sebastião Madeira, também quis trazer a sua “pomada”. E por último o João Dores, que quis dar aos participantes as azeitonas por si "adoçadas".
Um agradecimento a todos os que comigo colaboraram, de forma a tornar tudo isto possível. É mesmo muita gente. Muito obrigado!
Agora um agradecimento para todos os participantes, foram eles que trouxeram dimensão e sentido à prova. Muito, muito obrigado a todos.
A prova tinha uma finalidade, foi mais que atingida. Eu tinha ficado sensibilizado com a alegria que tinha visto nos rostos da edição anterior. A promessa era duplicar esses rostos. Foi superado em muito…
Fica para o fim a menção ao meu clube. Clube Atletismo de Lamas. Escrevi numa publicação, “Clube Atletismo de Lamas, não é um clube melhor do que os outros. É diferente!”
Disse-me numa das minhas viagens a norte.
“Epà, já que vais organizar a prova, vamos uns sete oito pernetas lá a baixo”.
Sete ou oito?! Não estudes que não é preciso. É por isso é que é um clube diferente. Tem pessoas que não percebem nada de matemática… Só por isso!!!
Muito obrigado por tudo pessoal. Foi um orgulho enorme tê-los recebido. Como já disseram em vários sítios, que valeu a pena a viagem de quase 1000 kms em 18 horas. É a opinião de um autocarro de pessoas (dá para acreditar?!). Agora não há volta a dar. Está dito.
Do fundo do coração, muito, muito obrigado!!!
Do fundo do coração, muito, muito obrigado!!!
“Eu não tenho nada contra quem joga sueca, mas os runners são malta mais paciente.”
Ou então, ao contrário dos participantes na sueca, os runners não “emborcaram” paletes e paletes de barris de imperial numa tarde/noite inteira. Outra diferença foi, que nesta prova venceram todos. E na sueca todos queriam ganhar o primeiro prémio... Todos queriam ganhar a Vaca...
Quem é que sabe?! Pode ter feito toda a diferença...
Boas corridas!
Quem é que sabe?! Pode ter feito toda a diferença...
Boas corridas!
Muito bom e muitos parabéns pelo grande exemplo que dão!
ResponderEliminarUm abraço e um excelente 2018 para ti e todos os teus
Obrigado João. Associativismo ao mais alto nível.
EliminarUm óptimo 2018 para vocês.
Forte abraço.
E pronto, tinha um segredo tão bem guardado e tinha que vir este descobrir tudo ... eu confesso que não percebo nada de matemática, até repeti 3x matemática do 12º ano e tudo ... aos meus pais dizia que era por gostar mesmo muito ;)
ResponderEliminarBem ... pode ser que para o ano em vez de 7 ou 8, a gente consiga encher um autocarro, ou 2 ... :P
Abraço Luis
Deixa lá isso. Ainda bem que te enganaste.
EliminarPara o próximo ano, vais ficar novamente responsável pelos números...
Forte abraço!
Muitos parabéns!
ResponderEliminarÉ bom ver essa vontade e empenho e o mesmo ser assim recompensado.
Abraço
Sem perceber quem comentou, agradeço as palavras.
EliminarCumprimentos.