Valência 2:53:14 vs Copenhaga 2:53:13

A maratona do ponto de vista de um atleta de  baixa competição!

Parecendo que não, já passaram duas maratonas. Valência 2022, Copenhaga 2023. Copenhaga foi a décima oitava… a sério!! Por muito ao de leve que seja, tenho que deixar isto registado no blogue. Vou aproveitar a curiosidade de terem apenas um segundo de diferença para despachar isto numa publicação. Tiveram algumas coisas em comum.

Valência vs Copenhaga

Há uma velha máxima que utilizo. Para dizermos bem de uma coisa, não precisamos dizer mal de outra. É o que se passa nesta “comparação”. Apesar de não chegar na melhor forma a ambas, duas experiências muito boas.

No que à organização diz respeito, são dois eventos cinco estrelas. Sinceramente... nada a apontar.

 

Os percursos são super planos, fiz duas maratonas,  não me lembro duma subida. Existem como é óbvio, mas daquelas que passam despercebidas.

 

O apoio do público… estava à espera disso em Valência. Tinha as experiências de Sevilha, Madrid, Barcelona como exemplo. Os valencianos não deixaram os créditos por mãos alheias. Em Espanha o público não falha. Devo ter dado mil high five aos miúdos. Não estava era a contar com o entusiasmo dos dinamarqueses. Que espetáculo pelas ruas da capital dinamarquesa, muito bom mesmo!

A preparação para as duas provas, apesar de por razões  diferentes, foi feita de muitos altos e baixos. Não vou estar a elencar os motivos, porque dava umas três publicações… posso dizer que o estado de forma de chegada à linha de partida foi  exatamente o mesmo. Cautelas e caldos de galinha, nunca fizeram mal a ninguém, era o pensamento que me ia na alma. Estabeleci como objetivo principal fazer sub três horas. O resto logo se via. Como se vê nas duas fotos que partilho, os primeiros 5 km de cada prova são os parciais mais lentos das maratonas. Utilizar a experiência para chegar "vivo" à parte final. As abordagens cautelosas, sem consultar relógio ao longo da prova, como é hábito, deram um segundo de diferença… 2:53:14 – 2:53:13… tão bom!!!

Fica um pouco de mágoa chegar a este tipo de percursos e não estar em melhor forma. Mas é o que é.  Quase que dá vontade de repetir… só que não!!!

Gostei muito das duas cidades. Mas do que consegui conhecer, Copenhaga tem outro encanto. Quando cheguei fez-me lembrar um pouco Amsterdão, noutros sítios fez-me lembrar Helsínquia e Estocolmo. Mas afinal não era nem uma coisa nem outra.. era simplesmente Copenhaga.  Só não gostei duma coisa… foi pouco tempo. Isto não é desvalorizar Valência, são apenas  cidades diferentes.

Os meus colegas de viagem… é o pai a “dificultar-lhe” a vida. Nesta última deslocação, tínhamos despertador para a viagem antes das cinco, depois da meia noite ainda ouvia o teclado do computador do Eduardo a trabalhar. A Bárbara levou livros para estudar… tinha o resto da semana cheia de testes. É uma altura do ano que tem muito trabalho.

Podem não desfrutar da viagem como eu,  tem a vida deles a rodar noutros sítios. Mas sei que é uma coisa que gostam… a envolvência no momento, na experiência, estar por ali comigo, fazer parte. E na volta trazem mais umas vivências na bagagem. É um privilégio estas partilhas com eles.  

Encontrei o Mickey e o Urso nas ruas de Valência, a Masha tinha ido almoçar com a Minie

O velho amigo Bumblebee. Pode não parecer mas temos algumas coisas em comum, principalmente o barulho que fazemos nas dobradiças…

Os cães em Valência são assim pro esquisito… 

Primeiro diálogo à chegada em Copenhaga

- Está tudo bem, precisa de alguma coisa?

- Está tudo bem. Sim, uma cabeça nova … e já agora água se faz favor!

Estava a desfrutar da famosa cerveja dinamarquesa Carlsberg numa esplanada perto do canal Nyhaven. Em conversa de circunstância com um cliente e com o dono do estabelecimento acabou por acontecer um episódio caricato. Passados uns minutos começa a levantar uma ponte movediça no canal, para deixar passar uma embarcação com mastro. Ficam as palavras do cliente, já com um copinho a mais…

“Vivo aqui há sete anos (seven fuc… years) e nunca tinha visto a ponte aberta…”

Mal o deixei acabar a frase, nós estamos cá há vinte e quatro horas… deu direito a risos!! E mais uma cerveja. Muito bom!!

E pronto, já  chega de partilhas. Qualquer dia destes começa outra aventura. Quem diz dia, diz noite!!

Boas corridas