A maratona do ponto de vista de um atleta de baixa competição!
Trilhos Rocha da Pena 2017.
O Azores Blue Island Ultra Trail, deixou uma azia que ainda dura. Não fazia a mínima ideia que a primeira prova, após descanso, em que iria participar fosse de trail. Tinha deixado salvaguardado que provas de trilhos, só para não desfazer companhia e sempre na menor distância possível. Os Trilhos Rocha da Pena conjugaram esses dois fatores.
Após os Trilhos de Mértola em Março, ficou mais ou menos combinado entre mim, o meu irmão, o Zé Gonçalo, e o Ricardo, que quando houvesse um trail curto no Algarve, iríamos tentar participar. A juntar a isso, havia a participação de colegas do Clube Atletismo de Lamas, o Nuno, o Joel, o Jorge, e o Sérgio. E assim surge a Rocha na Pena no horizonte.
O ano passado participei na distância mais longa, os 48 kms. Participação essa relatada num post no blogue à altura. Tinha ficado muito agradado com toda a envolvência, e deixei isso mesmo registado na referida publicação. Sem querer ser repetitivo, tenho mais uma vez que elogiar a superior organização. Tudo como deve ser. Desde a simpatia e disponibilidade do staff, como a qualidade e variedade dos abastecimentos. No fim ainda disponibilizaram uma refeição, massa com atum e salada, ao invés da bifana do ano passado. Para quem não come carnes vermelhas é bem. Muito obrigado por isso.
A prova correu dentro das expetativas, não houve taquicardias, coisa que o trail tanto gosta de despoletar. O relevo da serra Algarvia oferece sempre umas belas dificuldades. Com a cereja no topo do bolo a ser a “subida da morte”. Ao ver a “morte” não resisti a umas selfies, diga-se, uma morte toda fashion. O facto de haver tempo para selfies, diz bem do espírito em que ia a “minha” prova… ia cinco estrelas!!!
A participação do resto dos colegas foi também de acordo com o esperado, com maior ou menor dificuldade. Deixar já aqui um forte abraço a todos. Tenho o condão de juntar Calenses, Alentejanos Voadores, Sem Equipa. Cinco estrelas, é o que é!
No entanto não posso deixar de referir um episódio mais caricato com um dos companheiros.
Estava eu na cavaqueira com atletas na zona Lounge (abastecimento pós prova), quando vejo vir na minha direção um atleta apoiado numa rapariga da organização. Tinha esgotado o oxigénio dos músculos, não estava fácil manter-se de pé...
Disse à rapariga entre muitos risos:
- Dê cá o rapaz, que eu tomo conta dele, é meu irmão mais velho!!!
Enquanto o ajudei a sentar, a rapariga estava a tentar falar com ele, e ele sem ouvir só dizia:
- Traz-me melão, melancia, banana, água…
- Calma rapaz… a menina só te quer tirar o chip…
“Traz-me melão, melancia, banana, água…”, continuava ele. Bem, não eram só os músculos que traziam pouco oxigénio, o cérebro também não estava com os níveis normais. Mas nada de preocupante. Apanhei uma bela “barrigada” de rir com ele. É claro que lhe dei melão, melancia, banana, água, etc. No fundo, tratei do menino (muitos risos). Passados quinze minutos já andava a nadar na piscina. Sim, temos direito a piscina no fim da prova. Muito bom.
Tive oportunidade de acompanhar de perto as chegadas do Nuno e do Zé. Ponto alto a chegada do Zé Gonçalo, em apoteose, aliás, como é hábito. Grande Zuka!!!
Só uma chamada de atenção para a t-shirt do Zé, São Silvestre A-do-Neves... Calma pessoal... O fim de ano este ano é só em dezembro.
Por várias interpelações ao longo do ano, senti-me na obrigação de fazer um flyer informativo. Vou repetir, o fim de ano este ano é só em dezembro... Calma!!!
Ficam assim umas luzes do porquê desta participação em trilhos, apesar da azia causada pelo trail dos Açores. Não era mesmo caso para desfazer companhias.
Um dos meus objetivos centrais com a corrida, é a diversão. Diversão com a corrida e com a escrita acerca da mesma. O Ultra Trilhos Rocha da Pena 2017, vai marcar de forma indelével as duas coisas.
Como referi anteriormente, o ano passado escrevi um post sobre a edição 2016. Esse post foi “aproveitado” (e bem), pela organização para promover o evento deste ano. Destacaram um ou outro parágrafo e partilharam a publicação na totalidade no Facebook da prova. Acho que a organização esteve muito bem. Esteve muito bem porque nesse post falo de coisas, muito, muito importantes. Aliás, eu só escrevo sobre coisas importantes, isto não é cá para brincadeiras.
Foi com muito orgulho, que vi placas ao longo do percurso com algumas piadas inspiradas pela minha escrita. Soube muito bem. Só por isso já valeu (muito) a pena participar. O maratonadebaixacompeticao.blogspot.com, também gostou da menção.
Se bem que ainda ninguém me conseguiu explicar muito bem, para que servem as unhas dos pés... Os dentes eu sei!!!
Um dos assuntos que tinha deixado pendente o ano passado, era o teste do pezinho, por falta de unhas. Lá consegui arranjar um rácio decente (9 unhas), e fiz o teste. Fiquei a saber que tenho um pé quase pronador, e outro quase supinador. No fundo o que eu já suspeitava, dois pés teimosos…
Boas corridas
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